sábado, 20 de julho de 2013

Nokia nega arrependimento por ter escolhido o Windows Phone

 
Microsoft_Nokia
 
Uma questão intrigante ronda a Nokia desde 2010: por que a companhia optou




pelo Windows Phone para substituir o Symbian em vez de apostar no Android, como a maioria das rivais? Stephen Elop, CEO da Nokia, explica que, na época, a empresa não via um mercado promissor para o sistema do Google e afirma que nunca se arrependeu da decisão.

"Estou muito satisfeito com nossa escolha. O que nos preocupava, na época, era o risco de que uma fabricante dominasse o Android. Suspeitávamos de quem poderia ser, pelos recursos disponíveis e a integração vertical, e nós respeitamos o fato de que demoramos para fazer a decisão. Muitos outros já estavam neste espaço", afirmou ele em entrevista coletiva.

A empresa que poderia dominar o Android, em questão, é a Samsung, como acabou se confirmando alguns anos depois. "Há hoje muitos bons dispositivos, de diferentes empresas, mas uma empresa, essencialmente, se tornou dominante", ressalta Elop, apontando para a enorme fatia de mercado global que a empresa sul-coreana apresenta, segundo o Guardian.

Ele aponta que o fato de se tornar a maior referência em Windows Phone é um ponto estratégico para a empresa. A empresa passa a ser a principal alternativa após Apple e Samsung/Android, aponta Elop, ressaltando que a abertura desta terceira via abre espaço para negociações com operadoras como a AT&T, que tem se mostrado grande parceira da Nokia nos Estados Unidos.

"Ralph de la Vega, CEO da AT&T, quer negociar com pessoas diferentes para oferecer o maior número de opções. Ele quer uma terceira alternativa. Com isso, nós temos uma abertura com todas as operadoras do mundo, por termos o terceiro ecossistema", diz Elop. "É difícil, porque começamos como 'desafiantes' e precisamos construir a credibilidade, mas com boas parcerias, ganhamos força. Foi a decisão correta", ele completa, apontando que outras empresas que apostam no Android também não estão bem das pernas, como a HTC.

Mesmo acreditando ter tomado a decisão correta, a Nokia ainda vive um momento ruim. A empresa anunciou na última quarta-feira, 17, seus resultados trimestrais e fechou o período com um prejuízo de US$ 150 milhões.

 

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